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Cleópatra

25.09.05

align=justify> Cleópatra (o nome Cleópatra é grego e significa "Glória do pai”) nasceu em Alexandria no ano 69 a.C. e subiu ao trono do Egipto em 51 a.C.. Embora Cleópatra fosse rainha do Egipto, não corria nas suas veias uma só gota de sangue egípcio. Era grega da Macedónia; sua capital egípcia, Alexandria, era uma cidade grega, e o idioma da sua corte era o grego.
Foi a última rainha da Dinastia Lágida, filha de Ptolomeu XII, general macedónio de Alexandre, o Grande, que depois da morte deste se fizera rei do Egipto.

 Depois da morte do pai, Cleópatra, torna-se rainha, casando com o seu irmão Ptolomeu XIII, então com dez anos, segundo o costume egípcio.

 Devido a intrigas palacianas, Cleópatra foi exilada para a Síria mas, organizando um exército, ela atravessou o deserto para conquistar o trono.

 Foi essa a Cleópatra que César conheceu no Outono de 48 A.C. Ele fora ao Egipto em perseguição ao general romano Pompeu, seu adversário numa luta pelo domínio político. Júlio César reconduziu-a ao trono, juntamente com o irmão menor, Ptolomeu XIV. O seu irmão Ptolomeu XIII foi assassinado, por ordem de César, na prisão.

 Uniu-se então a César e foi para Roma, onde deu à luz Ptolomeu XV César, conhecido como Cesário (pequeno César, em grego). Com o assassinato de César, em 44 a.C., Cleópatra voltou ao Egipto. Três anos mais tarde tem relações amorosas com Marco António.

 Júlio César, era uns 30 anos mais velho do que ela, já tivera quatro esposas e inúmeras amantes. Seus soldados o chamavam de "adúltero careca" e cantavam um dístico advertindo os maridos que mantivessem as mulheres fechadas à chave quando ele andasse por perto.

Trazemos de volta o calvo putanheiro
Guardai bem as vossas mulheres em Itália
Porque todos os seus escravos e dinheiro
Serviram para pagar-lhe as putas da Gália


 Marco António, 14 anos mais velho do que a jovem rainha, de quem teve três filhos, dois eram gémeos, era também um conquistador conhecido. E, no fim, não foi por amor a ele que Cleópatra se matou, e sim pelo desejo de escapar à degradação nas mãos de outro conquistador.

 Qual o aspecto físico de Cleópatra? As únicas indicações são algumas moedas cunhadas com o seu perfil e um busto desenterrado de ruínas romanas cerca de 1800 anos depois da sua morte (na imagem). Mostram um nariz aquilino, boca bem traçada, com lábios finamente cinzelados, segundo Plutarco, cujo avô ouviu falar em Cleópatra por um médico conhecido de uma das cozinheiras da rainha, a sua beleza "não era propriamente tão extraordinária que ninguém pudesse comparar-se a ela".

 Falava seis idiomas, conhecia bem a história, a literatura e a filosofia grega, era uma negociadora astuta e, ao que parece, uma estrategista militar de primeira ordem. Tinha também uma grande habilidade para cercar-se de uma atmosfera teatral. Quando intimada por César a deixar suas tropas e a comparecer ao palácio que ele conquistara em Alexandria, Cleópatra introduziu-se na cidade ao escurecer, fez-se amarrar num rolo de roupas de cama, e assim escondida foi carregada nas costas de um servo através dos portões e até aos aposentos de César.

 Depois da Batalha de Actium tudo se desmoronou. Quando chegaram as tropas de Octávio e tomaram os fortes da fronteira do Egipto, Cleópatra permaneceu em Alexandria, pronta a negociar com Octávio, ou a combatê-lo. Mas, à aproximação do exército invasor, a esquadra e a cavalaria da rainha desertaram e Marco António suicidou-se.

 Após a morte de Marco António, Cleópatra tenta submeter Octávio aos seus encantos mas em vão. Cleópatra presumiu que seu destino seria semelhante ao de centenas de outros reis cativos, que haviam sido levados em cortejo pelas ruas de Roma, agrilhoados, para serem depois executados. Tendo frustradas suas ambições pela derrota, Cleópatra prefere a morte e, segundo a lenda, em Alexandria, a 30 a.C., a rainha deixa-se morder por uma víbora que lhe fora mandada como contrabando numa cesta de figos.



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align=justify> Vencidos os seus adversários, Marco António ficou com o governo do Oriente e Octávio com o do Ocidente.

 Ambicioso e sedento de prazeres, Marco António sobrecarregou os domínios do Oriente com pesados impostos. Chamou a Tarso Cleópatra que o soube seduzir de tal maneira, que ele abandonou a gerência das províncias, consentindo que os Partos invadissem a Síria. Em Roma, o cônsul Lutácio, irmão de António, chefiou uma revolta para a supressão da ditadura, sendo derrotado por Agripa, o melhor cooperador de Octávio, em Perusa. Marco António abandonou o Egipto para guerrear Octávio. A Paz de Brindes reconciliou-os, casando António com Octávia, irmã de Octávio. Os prazeres e a louca paixão por Cleópatra arrastaram-no novamente à corte do Egipto onde prometeu aos filhos da rainha as terras do domínio romano.

 O Senado, dando todos os poderes a Octávio, declarou guerra a Marco António. A batalha naval de Actium e a terrestre de Pelusa, incorporaram em 30 o Egipto, no Império Romano. Cleópatra, receando ser levada a Roma para triunfo do vencedor, suicidou-se.

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align=justify> A morte de César colocou no poder três figuras de valor: Marco António, lugar-tenente de César, Lépido, mestre de cavalaria, e Octávio, sobrinho e herdeiro de César, defendido por Cícero nos seus discursos «Filípicas». Depois de algumas lutas reconciliam-se formando o segundo triunvirato.

 A primeira decisão dos triúnviros foi perseguir os republicanos implicados no assassinato de César ou que eram suspeitos de simpatizar com os assassinos, aproveitando assim a ocasião para saldar velhas contas pessoais. Sem julgamento prévio, cerca de 130 senadores e quase 2000 funcionários foram proscritos, perdendo os seus bens e direitos. Muitos deles foram assassinados, como Cícero; outros preferiram suicidar-se.

 Ficavam por castigar os dois principais chefes da conspiração, Bruto e Cássio, governadores da Macedónia e da Síria, respectivamente, que uniram as suas tropas com o fim de resistir ao exército do triunvirato. A batalha teve lucrar a 12 de Setembro do ano 42 a.C., em Filipos, na Macedónia, onde perderam a vida Bruto, Cássio e os republicanos mais decididos. Imediatamente, os vencedores repartiram o espólio: Marco António nomeou-se governador do Oriente, Octávio ficou com o governo do Ocidente e Lépido (homem de Estado romano, colega de César no consulado. Morreu no ano 12 ou 13 a. C.) acabou por ser marginalizado, tendo-lhe sido entregue o governo da África.

 Todavia, nenhum dos três triúnviros se conformou com semelhante repartição, e todos aspiravam a um poder maior. Os partidários de Marco António intrigavam, e Sexto Pompeu dominava o Mediterrâneo ocidental à frente de uma esquadra rebelde, boicotando o comércio marítimo de Roma. Octávio entreteve-o oferecendo-lhe o governo da Córsega, Sardenha e Sicília, enquanto anulava em Itália os seguidores de Marco António. Entretanto, Agripa reuniu uma frota, marchou contra Sexto Pompeu e derrotou-o na Batalha de Naucolos que teve lugar no ano 36 a.C. Aproveitando a confusão, Lépido tentou ampliar os seus domínios africanos, apoderando-se da Sicília. Então Octávio demonstrou quem era: arrebatou-lhe todos os poderes, banindo-o definitivamente ao nomeá-lo pontífice máximo. Com apenas vinte e seis anos, Octávio tinha conseguido dominar todo o Ocidente.

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Bruto

15.09.05
 De seu nome completo Marco Junio Bruto, nasceu provavelmente em 84 a.C.. Faleceu em 42 a.C..

 Foi um dos fiéis de Júlio César. Contudo, em 15 de Março de 44 a.C., conjuntamente com mais 22 companheiros, assassina César no Senado (ficou célebre a frase dita por Júlio «Também tu, Brutus». Segundo alguns historiadores ele teria dito não Brutus mas sim «Filho»).

 Uma vez perpetrado o assassinato do ditador, e embora convencido de que com isso restaurava os princípios da República com o apoio da maioria, viu-se obrigado a fugir juntamente com os seus seguidores para a Macedónia.

 Levou consigo o necessário para cunhar moedas mediante as quais quis fazer a apologia do seu gesto. No reverso da moeda encontra-se o barrete da liberdade (píleo) que usavam os escravos libertados, e dois punhais.


 Cerca de 43 a.C., levantou em conjunto com um outro companheiro do atentado, Cássio, um exército na região da Macedónia, sendo derrotado em duas batalhas em Filipos por Marco António, sendo posteriormente, e por ordem deste, assassinado.

 BRUTALIDADE - Júlio César, imperador romano, foi assassinado por um grupo de conspiradores do qual fazia parte seu filho adoptivo Brutus (daí vem brutalidade).


Jacques-Louis David
Os Lictores devolvendo a Brutus os corpos dos seus filhos


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Cícero

12.09.05
align=justify>align=left src= "https://1.bp.blogspot.com/-fMuvj73-brA/Vr1_DyWKxAI/AAAAAAAABsE/gvpNYDndPFA/s1600/cicero.gif" width="91" />  Marco Túlio Cícero nasceu em Arpino, de uma família equestre, e estreou-se na advocacia em 80 a. C. ao defender com êxito Roscius Amerinus, acusado de parricídio por Crisógono, defendido por Sila. De 79 a 77 a. C. vai estagiar na Grécia, na Ásia e em Rodes, a estudar filosofia e retórica. Foi questor na Sicília em 75, depois edil, ganhou fama no processo de Verres (70 a. C.), tornou-se pretor em 66 e cônsul em 63. Durante o seu consulado, triunfa na célebre disputa com Catilina – invejoso do prestígio dos seus adversários, chefiou uma conspiração, descoberta por Cícero, sendo morto em Pistoia. Cícero mereceu o título de «Pai e Salvador da Pátria». Mas os demagogos, chefiados por Clódio, levantam-se contra ele e conseguem, em 58, enviá-lo para o exílio donde regressa em 57. Em 53 é áugure, e em 51-50 procônsul na Sicília. Na guerra civil, embora hesitando, tomou o partido de Pompeu; passa para o Epiro, volta depois da batalha de Farsália, não sustém os avanços de César e entra em Roma em 47. Durante a ditadura de César dedica-se sobretudo à retórica e à filosofia. Depois da morte de César, coloca-se à frente do partido republicano e pronuncia contra António as Filípicas. Todavia Octávio, que ele quisera virar contra Marco António, traiu-o e entregou-o ao seu inimigo. Foi morto em Fórmios, a 4 de Dezembro de 43.

 Obras principais: Catilinárias (4), Filípicas (14), De lege agraria, De provinciis consularibus, Pro Archia.

 CICERONEMarcus Tulius Cicero (100-43 a.C.), eloquente orador romano, gostava de mostrar a cidade aos visitantes e contar, com detalhes e entusiasmo, as histórias de cada local visitado. Em sua homenagem, os guias turísticos são chamados de cicerones.

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