color=#0000FF>DOMITIANUS(Titvs Flavivs Domitianvs)
Imperador - 81 a 96 d.C.
Domiciano
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Titus Flauuius Domitianus, terceiro imperador da dinastia Flávia, terá nascido, segundo testemunha Suetónio, no nono dia antes das calendas de Novembro, ou seja, a 24 de Outubro do ano 51.
Filho de Vespasianus, foi designado imperador após a morte do irmão mais velho, Titus, em 81.
Cometeu vários abusos enquanto seu pai foi imperador, entre os quais dois se destacam: forçou a legítima esposa de
Elius Lamia, de nome
Domícia Longina, a se divorciar para a tornar sua, com quem teve um filho (73 d.C.), que morreu logo e preparou uma expedição militar que a todos pareceu desnecessária e que lhe valeu uma forte reprimenda de seu pai, que o castigou, humilhando-o perante o irmão, Tito.
Quando Vespasiano morre e lhe sucede o filho Tito, começou a conspirar contra o irmão, ora aberta, ora secretamente, e depois da morte deste não deixou de ultrajar a sua memória por diversas vezes.
Sua política interna caracterizou-se pela limitação dos poderes do Senado, tomando a seu cargo a designação de governadores competentes para as províncias, criou o Conselho do Príncipe que suplantou o Senado, acumulou os títulos de cônsul (cargo que ocupou de 82 a 88) e de censor perpétuo (a partir de 85). Reorganizou a administração do império e designou membros da nobreza rural para importantes cargos públicos.
Procurou ainda moralizar os costumes (em contraste com a sua vida dissoluta), impondo severas penas aos delatores, castigando juízes que se deixavam subornar e aplicando a pena capital às Vestais que não cumpriam o dever da castidade.
Empenhou-se na reconstrução de monumentos (onde fazia gravar o seu nome sem mencionar o do primitivo fundador), tendo iniciado o
Forum Neruam, completado em 97 d. C. pelo Imperador Nerva. Era constituído por um corredor com uma colunata a acompanhar as laterais e, numa extremidade, o templo de Minerva. Foi conhecido como Forum Transitório por se situar entre o
Forum da Paz, mandado construir pelo Imperador Vespasiano, em 70 d. C., e o
Forum Augustum. Escavações feitas recentemente revelam a existência de lojas e
tabernae.
Erigiu templos e consagrou mesmo um santuário à família Flávia, a cuja
gens pertencia. Mandou instalar celas subterrâneas para os animais selvagens no
Colosseum, iniciado pelo seu pai e inaugurado pelo seu irmão Tito em 80 d.C..
Chegou ainda a proibir que erigissem estátuas em seu nome no Capitólio que não fossem de ouro ou prata e que não tivessem um determinado peso.
Domitianus obteve grandes vitórias no campo militar. Conquistou a Grã-Bretanha, construiu uma fronteira fortificada ao longo do Danúbio e firmou uma paz vantajosa com os dácios. Para financiar os gastos do exército e a construção de grandes obras, aumentou os impostos e promoveu confiscos de bens da aristocracia.
Este período de governação, durou até à revolta de
Lúcio António Saturnino, que conseguiu, em finais de 86, que algumas legiões o proclamassem imperador.
Com um carácter fraco, tenta proteger a sua posição tornando-se cruel e sanguinário. Para além de todas as ordenadas mortes, expulsões e torturas, iniciou também um período de espoliações.
Domiciano fazia-se chamar, tanto oralmente como por escrito,
Dominus et Deus perseguindo todos aqueles que se recusavam a adorar a figura do imperador, originando assim a segunda perseguição contra os cristãos.
Morre assassinado em 18 de Setembro do ano 96, vítima de uma conspiração palaciana que integrava alguns dos seus amigos e libertos mais próximos, e a sua própria mulher, Domitia Longina.
O Senado, horrorizado com tantos crimes, declara-o maldito e apaga o seu nome de todos os monumentos.
A sua morte pôs termo à dinastia dos Flávios. Sem filhos, sucedeu-lhe
Nerva, proclamado pelo senado. Governou apenas dois anos. Seguiu-se-lhe uma série de imperadores «adoptivos», iniciando a excelente dinastia dos
Antoninos.