Imperador romano (76-138) de 117 a 138 nascido em Itálica (actual Espanha). Era sobrinho do imperador Trajano, seu tutor, a quem sucedeu. Hábil administrador, durante o seu reinado, foi um viajante incansável. Percorreu todo o império para examinar de perto as províncias e as reformas que necessitavam. Amante das letras e das artes, implementou uma profunda reforma na administração e em 131 editou um código de leis para ser aplicado em todo o império o
Edito Perpétuo compilação judicial que rege o império até ao tempo de Justiniano. Abandonou as campanhas de Trajano na Mesopotâmia e adoptou uma política defensiva, fortificando as fronteiras do Império Romano. Na Inglaterra mandou construir em 112 o Muro de Adriano, que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia para a defender dos povos do norte.
Inspirado na cultura grega, embelezou Roma e o império com monumentos, manda construir a Vila de Adriano, a ponte de Sant’Ângelo, o castelo do mesmo nome (que é o seu mausoléu).
Construiu sobre as ruínas de Jerusalém a
Elia Capitolina provocando a revolta judaica, sufocada em sangue.
Adriano também era poeta e dele fica este poema:
Animula vagula, blandula Animula vagula, blandula,
Hospes comesque corporis,
Quae nunc abibis in loca
Pallidula, rigida, nudula,
Nec, ut soles, dabis iocos? P. Aelius Adrianus, Imp.
Ó alminha vagabunda e folgazã,
hóspede e companheira do corpo,
onde irás agora,
pálida, fria, nua,
privada dos costumados passatempos? Muralha de Adriano Ocupada a Bretanha (no século I d.C.), logo sentiram os Romanos o carácter aguerrido e belicoso dos Pictos e Escotos do Norte da ilha. Na sua política de consolidação e defesa das fronteiras, o Imperador Adriano visitou a ilha em 122 e mandou construir um muro fortificado desde Solway Firth até ao estuário do rio Tyne, para defender a Bretanha Romanizada.
Com 120 km de comprimento, esta enorme obra foi concluída em 126 pelos próprios soldados, que construíam e combatiam simultaneamente. Originalmente era de madeira e terra, só se tornando de pedra mais tarde. Cada "centúria" era obrigada a construir a sua parte do muro. Este tem uma fundação de terra ladeada por um
vallum (fosso) de 4 m de profundidade. Sobre a terra, levantaram, assim, um muro em pedra, maciço, com cerca de 5 m de altura e 2,5 m de largura. Sobre ele seguia uma estrada militar, no sentido de facilitar as comunicações e os transportes, e 80 castelos com pequenas torres e fortins, onde se encontravam sentinelas. Ao longo do muro erguiam-se 17 fortalezas (o forte de Chesters, Northumberland, hoje em ruínas, era uma delas), o que completava o sistema de fortificação fronteiriça do Norte da
Britannia.
A distância entre as rodas deixados pelos sulcos dos carros romanos na entrada do forte em Housesteads no muro de Adriano, serviram dois mil anos depois, de bitola-padrão, para os caminhos-de-ferro britânicos
Ver Aqui.
Com o Imperador Antonino foi construído uma outra muralha 50 km a norte da 1ª - a Muralha de Adriano.
Em baixo, foto das ruínas do Muralha de Adriano e da placa alusiva, em Vindolande.