Das muitas ruínas romanas visitadas por Marius, Conímbriga são aquelas que, sem dúvida, em melhor estado estão. Pena é que não houvessem placas indicativas dos locais visitados e não é com o folheto informativo que se consegue descortinar esses locais a não ser que fôssemos içados e conseguíssemos relacionar a planta do folheto com as ruínas vistas lá do alto. Indaguei o motivo e disseram-me que estavam à espera de novas placas que estavam a ser ultimadas já que as anteriores se tinham deteriorado.
Está aqui a diferença entre o legado pelos romanos e o de hoje. O legado romano, 2000 anos depois, ainda aí está, o que se faz agora é descartável, não dura tempo nenhum. Fizessem as placas com as pedrinhas do tempo dos romanos e de certo que os visitantes não andariam de “cabeça perdida” a tentar saber em que área das ruínas estavam.
Conímbriga encontra-se a cerca de 15km da cidade de Coimbra. Segundo os estudiosos a junção de Conin (alto pedregoso) e Briga (castro) de origem celta deram origem ao nome.
Quando os romanos chegaram na segunda metade do sé. I a.C., já Conímbriga era uma grande urbe, tendo-se desenvolvido e prosperado com a romanização do local.
Sabemos que os romanos para além de respeitarem os usos, costumes e tradições da população indígena, faziam grandes obras que eram comuns em todos os locais e, assim, em Conímbriga, não podia faltar o fórum, as termas (de um povo tão limpo que eram todos os povos que se encontravam sob domínio romano, passou-se a um povo sujo com a queda do Império. Ainda hoje há locais que só se toma banho quando se casa e quando se morre), o anfiteatro e novas e imponentes residências. Eram assim os romanos.
Desenvolveram em Conímbriga, novas manufacturas e artes e intensificaram a exploração agrícola.
Basta uma visita ao espólio existente no Museu para se ver o quanto os romanos estavam adiantados no tempo. Nada era feito ao acaso. Como o referi no meu tema sobre Miróbriga aos romanos só faltavam os computadores. Desde a agulha, ao vaso fálico, desde a moeda aos pórticos tudo está lá, até uma casa em forma de cruz suástica existe (Hitler não “inventou” a cruz suástica e a origem da cruz não tem nada a haver com o povo ariano – vindo isto dum austríaco, baixinho, com um bigode ridículo e com graves problemas sexuais, nem sei como um povo como o alemão caiu na asneira de pensar que estava ali o seu mentor).
Poderia dissertar mais sobre Conímbriga, mas não o vou fazer. Gostei bastante, nunca tinha visto coisa igual, mas percorri aquelas ruínas sem saber onde estava. Assim sendo, limitei-me a tirar fotos e admirar toda aquela opulência ainda visível que os romanos nos deixaram.
Conímbriga, com a queda do Império e as invasões bárbaras, os suevos incendiaram e saquearam parte da cidade, foi sendo abandonada. Sobreviveram as ruínas e o legado de um povo que conquistou parte do mundo mas não conseguiu segurar tão vasto Império.
Agora só nos resta o seu espólio e a certeza que quando pegamos em algum objecto, já esse mesmo objecto era pegado por um povo que aqui esteve há 2000 anos atrás que até tomava banho de água quente e água fria.
Ainda um dia hei-de ir a Conimbriga, é incrível mas nunca visitei aquelas ruínas, porém, com estas fotos e vídeo, que o amigo Marius proporcionou, já fiquei com uma ideia bastante boa. Abraços.
Eu e uma amiga minha também gerimos um blog sobre a civilização romana e o seu blog faz parte da nosso lista de blos. O seu blog está muito bem feito. O nosso em comparação está, bem um bocado despido... Iniciamos actividade á pouco tempo e o seu blog serve-nos de inspiração e muitas vezes de fonte de informação.Estamos assim por este meio a convidá-lo para visitar o nosso blog http://www.civilizacaoromanaabd.blogspot.com, a deixar o seu comentário e a tornar-se nosso seguidor se assim o desejar... Até á próxima e continue o bom trabalho!
Obrigado pelo esclarecimente que nos deu acerca deste assunto. A civilização romana nunca para de nos surpreder: quando mais pesquisamos, mas fascínados ficamos com esta civilização.Obrigado por o seu contributo e até á próxima
Mário. Eu adoro este lugar. Vou lá em passeios da escola e nunca me canso. Quando estive no hospital pediátrico, em Coimbra, o capelão que andava por lá, morada perto das ruínas e um dia disse-me que me enviava informação. Já se passaram mais de doia anos e até hoje, nada. Nosso Senhor há-de castigá-lo por não ter cumprido a sua palavra.