A paz Octaviana e a protecção admirável às artes e às letras fizeram surgir uma plêiade admirável de artistas que engrandeceram o Século de Augusto. Mereceu o primeiro "imperador" romano baptizar o seu século, pelo admirável desenvolvimento artístico que empreendeu em todo o império e principalmente em Roma, atingindo a civilização latina o seu período áureo.
Agripa continuou as grandes obras de utilidade pública, cobrindo a cidade de Roma de tal esplendor que seduziu os espíritos ávidos de cultura, tornando-se a capital intelectual do mundo antigo. Mecenas grande cooperador de Augusto e, amigo íntimo de Vergílio, mereceu o cognome de «Pai dos artistas» pelo carinho incansável com que os patrocinou.
Poesia Épica Lucrécio – escreveu o admirável poema «Natureza» onde defendia as ideias materialistas de Epicuro, filósofo grego, atacando as crenças religiosas.
Vergílio– Nasceu perto de Mântua; cantou a sua epopeia «Eneida» o herói da guerra de Tróia e do povo romano, glorificando deste modo Augusto. A doçura da sua terra natal levou-o a cantar nas suas «Bucólicas» e «Geórgicas» as belezas da vida campestre.
Poesia Lírica Cátulo – Exprimiu o seu sentimento poético em agradáveis elegias.
Horácio – É neste género a glória da cultura latina clássica. Cantou a sua alegria de viver nas suas «Odes», e retrata os seus contemporâneos nas «Sátiras».
Ovídio – Desterrado da corte de Augusto, ignorando-se o motivo, escreveu, antes do exílio: «Amores» e Metamorfoses»; durante o exílio: «Tristia» e «Pônticas», na cidade Tomi, perto do Mar Negro.
História Salústio – Nasceu em 86 a. C., na Sabínia, de família plebeia, mas rica. Expulso do Senado em 50 a. C. pelos seus maus costumes, colocou-se ao lado de César quando este transpôs o Rubicão (49 a.C.). Foi um crítico severo contra a avareza patrícia. Escreveu: «Da Conjuração de Catilina» e «Da Guerra de Jugarta». Perderam-se as suas «Histórias» sobre os acontecimentos romanos. Morreu em 34 a.C.
Júlio César – Hábil político e admirável general, descreveu-nos as suas campanhas da Gália no seu livro: «Comentários da guerra gaulesa»; no outro seu livro «Comentários da guerra civil» narra-nos as suas lutas com Pompeu.
Tito Lívio– Tito Lívio nasceu em 59 a.C. em Pádua e morreu em 16 d.C. na mesma cidade. Era de família patrícia e foi amigo de Augusto e preceptor de Cláudio. Foi enorme a sua reputação como escritor.
A sua
História Romana desde a fundação compunha-se de 142 livros dos quais nos chegaram apenas os livros I-IX e XXI-XLV mais alguns fragmentos tendo trabalhado nela 21 anos. Descreve-nos, com independência crítica, as vicissitudes da história romana, desde Rómulo até à morte de Druso irmão de Tibério.
Geografia
Agripa – Cultor entusiasta, fez a carta do império romano.
Artes Agripa e Augusto – Ao restaurar os antigos templos de Roma, Augusto, voltou a desenvolver o Fórum, criou novos anfiteatros, pórticos, palácios e santuários. O Panteão e o Altar da Paz são obras de admirável valor artístico. «Roma era uma cidade de tijolos, transformei-a numa cidade de mármore» disse Augusto.
O templo de Marte Ultor «Marte o vingador» foi mandado construir em cumprimento a uma promessa de Augusto, por ter perseguido os assassinos do seu tio Júlio César.